sábado, 9 de novembro de 2013

CIDADE DE SANTANDER GANHA INTELIGÊNCIA COM A INSTALAÇÃO DE 12MIL SENSORES.


Transformada num grande laboratório, a espanhola Santander testa tecnologias que podem transformar a vida nas cidades ao redor do mundo

A cidade de Santander, na Espanha, vem atraindo especialistas em tecnologia e urbanismo do mundo inteiro. Eles vão até lá para ver uma rede de 12 mil sensores ligados a computadores que estão poupando energia e água, reduzindo congestionamentos e transformando a vida dos cidadãos.

Os sensores ficam escondidos em cavidades no chão ou presos a luminárias, ônibus e lixeiras. Eles medem a poluição do ar, determinam se as vagas de estacionamento estão livres e se há pessoas numa área específica. Informam onde estão os ônibus e se as lixeiras estão cheias ou vazias.

Esses dados são processados num laboratório da Universidade da Cantábria e distribuídos em tempo real a quem precisa dessas informações. O serviço de coleta de lixo, por exemplo, fica sabendo quais lixeiras devem ser esvaziadas. Alertas de poluição atmosférica ou sonora são emitidos quando necessário.

Com base nos dados coletados, a intensidade da iluminação pública é reduzida para poupar energia em locais onde não há pessoas. E a irrigação dos jardins é ajustada em função da umidade do solo.

Já os cidadãos interagem com o sistema por meio de aplicativos móveis e sites na web. Apps permitem, por exemplo, encontrar vagas para estacionar ou saber quando vai chegar o próximo ônibus. Se alguém aciona o smartphone perto de uma loja, pode ver as ofertas dela. 

Os cidadãos também se comunicam com a administração municipal. Se alguém quiser informar sobre um buraco na rua, por exemplo, basta fotografá-lo com o smartphone. A foto segue junto com a localização captada pelo GPS do aparelho. 

O aviso vai tanto para os responsáveis pelo conserto como para os políticos que devem fiscalizá-los. E os próprios cidadãos podem acompanhar a solução. Essa transparência reduziu o tempo para solução dos problemas de algumas semanas para alguns dias.

O projeto começou há três anos com um fundo de 6 milhões de euros vindos principalmente da União Europeia. Com 180 mil habitantes, Santander foi escolhida como laboratório para testar tecnologias que, depois, poderão ser levadas a cidades maiores.

Há outras cidades participando, mas nenhuma delas tem uma rede tão ampla quanto a de Santander. Numa entrevista à revista alemã Der Spiegel, o prefeito Iñigo de la Serna disse que nenhum dos sensores havia sido destruído por vandalismo.

Ele conta que houve certa desconfiança no início. Mas a população acabou aderindo rapidamente. Contribuíram para isso os cuidados com a privacidade no projeto. Os usuários não precisam se registrar para usar os apps e o sistema não identifica as pessoas individualmente. 

A participação popular na administração cresceu, já que os apps também permitem enviar sugestões. Centenas delas já foram recebidas pela prefeitura. E a cidade passou a economizar 25% na conta de energia elétrica e 20% nos custos de coleta de lixo.

De la Serna disse ao site NPR que seu próximo plano é implantar medidores inteligentes de água e energia com comunicação sem fio nas residências e empresas. Este vídeo da Telefônica, uma das empresas participantes do projeto, mostra a cidade de Santander, os sensores e o prefeito falando (em espanhol) sobre o projeto: 



FONTE: FEITEP

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Brasileiro é o novo Presidente da Federação Mundial de Engenheiros (FMOI).

No último sábado (14), o representante da Federação Brasileira de Associações de Engenheiros (Febrae) engenheiro mecânico Jorge Spitalnik foi eleito o novo presidente da Federação Mundial de Organizações de Engenharia (WFEO/FMOI). A eleição foi realizada em Cingapura, durante a programação do World Engineering Summit.  O presidente do Confea, engenheiro civil José Tadeu da Silva, também eleito para presidir a União Pan-Americana de Associações de Engenheiros (Upadi) no mandato 2015-2017, e deu a notícia sobre a vitória do Brasil na FMOI durante o encerramento do 8º Congresso Nacional de Profissionais (CNP), realizado em Gramado (RS).

O representante da Febrae Jorge Spitalnik atualmente coordena o Comitê de  Relacionamento ONU/FMOI e é integrante do Grupo de Trabalho de Energia Nuclear da mesma instituição. Engenheiro mecânico, ele também já presidiu a Academia Internacional de Energia Nuclear. 

A Febrae é a entidade que tem direito a voto na FMOI, sendo que apenas uma entidade por país possui o direito a voto. Nessa ocasião, Spitalnik também representou o presidente do Confea, engenheiro civil José Tadeu da Silva, que presidia o 8º CNP. A eleição contou com 54 representantes de países votantes do mundo inteiro. 


Engenheiros brasileiros em contexto internacional



Ainda neste mês de setembro, foi realizada a cerimônia de posse do diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), engenheiro eletricista Roberto Cavalho de Azevêdo, em Genebra, na Suíça. O embaixador brasileiro de 55 anos é o primeiro latino-americano a assumir a OMC.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

A faixa de 2,5 GHz estará disponível para provedores de internet.


Pequenos e médios provedores de banda larga que atuam em todo o País vão ganhar uma nova faixa de frequência para oferecer acesso à internet fixa. Até o final de 2013, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vai destinar a essas empresas a faixa de radiofrequência de 2.500 MHz a 2.690 MHz, nos locais onde estiver desocupada. A medida faz parte de portaria do Ministério das Comunicações, publicada na semana passada (18/09), no Diário Oficial da União.

Atualmente existem cerca de 3,8 mil provedores de pequeno e médio portes em atuação, principalmente no interior do  Brasil. Somados, eles representam a quinta operadora de banda larga fixa no País e investem mais de  R$ 1 bilhão por ano. “Vamos colocar novas frequências, vamos dar um espaço e oferecer uma política diferenciada para os pequenos provedores. Nós queremos é que o serviço de oferta à internet funcione”, afirmou o ministro das Comunicações (MiniCom), Paulo Bernardo.

 De acordo com a norma, a Anatel deve iniciar ainda este ano o processo de autorização da faixa de frequência adequado ao atendimento dos pequenos provedores. Os procedimentos para convocação e seleção dos interessados deverão preferencialmente ocorrer em formato eletrônico, permitindo a participação remota. Além disso, a norma estabelece que a agência faça um acompanhamento para garantir o uso efetivo do espectro que foi destinado às pequenas e médias empresas.

A faixa de frequência de 2.500 MHz a 2.690 MHz que será destinada aos provedores está atualmente desocupada. Ela faz parte da faixa de 2,5 GHz que foi leiloada entre as operadoras para a implantação da tecnologia 4G no Brasil. Com isso, os pequenos e médios provedores terão capacidade de oferecer internet fixa na tecnologia 4G, de alta velocidade.

Novos competidores

A portaria também estabelece que até o fim de 2014 a Anatel vai estudar a viabilidade de destinar faixas de frequência para a entrada de novas operadoras de banda larga em nível nacional. “Nós vamos oferecer mais alternativas que podem tanto ser ocupadas pelas grandes empresas ou podem permitir a entrada de novos concorrentes. Esse mercado precisa de uma chacoalhada”, disse Paulo Bernardo. 

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Concluídas as obras da P-55 da Petrobras.

Foram concluídas, esta semana, as obras da plataforma semissubmersível P-55. Nesta terça-feira (17/09), serão iniciados os testes de inclinação da plataforma e, após essa etapa, a P-55 seguirá para o Campo de Roncador, na Bacia de Campos, Rio de Janeiro.

Projeto integrante do Módulo 3 do Campo de Roncador, a P-55 ficará ancorada a uma profundidade de cerca de 1.800 metros e será ligada a 17 poços, sendo 11 produtores e seis injetores de água. A exportação de petróleo e gás natural da plataforma será realizada por dutos submarinos acoplados à unidade.

Com 52 mil toneladas, 10 mil m² de área, a P-55 é a maior plataforma semissubmersível construída no Brasil e começará a produzir em dezembro de 2013. Com capacidade para produzir 180 mil barris de petróleo e tratar 4 milhões de metros cúbicos de gás por dia, a plataforma é uma das maiores semissubmersíveis do mundo.

A obra gerou cerca de 5 mil empregos diretos e 15 mil indiretos e alcançou o índice de 79% de conteúdo nacional, proporcionado principalmente pelo fato de a construção e a integração terem sido feitas totalmente no Brasil. A edificação da plataforma foi realizada em duas partes construídas de forma simultânea, casco e topside, e posteriormente unidas.

O casco da unidade teve as atividades executadas no Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Pernambuco, de onde seguiu para o Polo Naval, no Rio Grande do Sul, para continuidade dos serviços. No Polo Naval, foram feitas as instalações do convés e dos módulos, bem como a integração dos sistemas da plataforma. A construção dos módulos de Remoção de Sulfato e Compressão de Gás também foi feita no local. Outros módulos, entre eles o de Remoção de CO2, foram construídos em Niterói (RJ) e, depois de prontos, transportados até Rio Grande.

A operação que acoplou as duas grandes partes da plataforma (convés e casco), chamada de Deck Mating, é considerada o marco mais desafiador da construção da unidade e uma das maiores já executadas no mundo, em função do peso da estrutura (17 mil toneladas) e a altura a que foi levantada (47,2 metros). A manobra foi realizada dentro do dique-seco do ERG1, em junho de 2012, por meio do içamento do convés, técnica inédita no Brasil.

Dados da P-55

Processamento de petróleo: 180 mil barris/dia
Tratamento de gás: 4 milhões m /dia
Conteúdo Local: 79%
Tratamento de água de injeção: 48 mil m/dia
Geração elétrica: 100 MW
Lâmina de água: 1.800 m
Número de linhas de ancoragem: 16

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Voyager 1 cruza fronteira do Sistema Solar e é primeiro objeto humano no espaço interestelar.


A sonda espacial Voyager 1 se tornou o primeiro objeto feito por humanos a cruzar o limite do Sistema Solar e chegar ao meio interestelar. Há 36 anos vagando pelo espaço, a Voyager 1 está hoje a 19 bilhões de quilômetros do Sol. A conclusão foi apresentada por cientistas a partir da análise de informações enviadas pela sonda reunidas na edição desta quinta-feira da revista Science.

Cientistas já haviam cogitado em março que a sonda tinha deixado nosso Sistema Solar e atingido o abismo cósmico além dos confins do universo até então explorado pelo homem, mas a possibilidade não foi confirmada oficialmente à época. Apenas agora, porém, informações obtidas pela Nasa - a agência espacial americana - comprovam que a Voyager 1 tem viajado há cerca de um ano através de plasma (gás ionizado), presente no espaço entre as estrelas.

"Ao sair da heliosfera e se estabelecer nos mares cósmicos entre as estrelas, a Voyager se uniu a outros eventos históricos de exploração como a primeira circunavegação da Terra e os primeiros passos na Lua", afirmou  em um comunicado Ed Stone, cientista-chefe da missão. "Essa é a primeira vez que começamos a explorar o espaço interestelar."

A sonda espacial americana Voyager 1 é o primeiro veículo a iniciar a jornada pelo espaço profundo. Lançada da Terra em 1º de setembro de 1977, a missão vinha percorrendo as bordas da heliosfera mais rapidamente do que qualquer outro objeto fabricado pelo homem até hoje.

As duas sondas Voyager foram lançadas em 1977, com um mês de intervalo, e seguem em bom estado e funcionando. A Voyager 1 já percorreu 19 bilhões de quilômetros desde e a Terra, e a Voyager 2 está atualmente a 15 bilhões de quilômetros do Sol. O programa de exploração tinha por objetivo estudar planetas do sistema solar. As duas sondas passaram por Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, incluindo 48 luas. A potência de suas baterias nucleares deve manter a missão ainda por alguns anos. Apenas por volta de 2030 não haverá mais energia na sonda.

Os dados obtidos pelos nove instrumentos a bordo de cada uma das sondas fizeram desta missão a mais bem sucedida da história da exploração do sistema solar. As Voyagers revelaram numerosos detalhes dos anéis de Saturno e permitiram descobrir os anéis de Júpiter. Também transmitiram as primeiras imagens precisas dos anéis de Urano e de Netuno, descobriram 33 novas luas e revelaram atividade vulcânica em Io, além da estranha estrutura de duas luas de Júpiter.


Acompanhe a trajetória dos 36 anos da sonda Voyager 1: AQUI


Fonte: FEITEP

R$13 bilhões o que movimentam os edifícios sustentáveis no Brasil.

O mercado da construção sustentável tem passado ileso pelo desempenho errático da economia brasileira nos últimos anos. De acordo com um estudo realizado pela EY (antiga Ernst & Young), em 2012, os prédios verdes movimentaram R$ 13,6 bilhões no país.

A pesquisa, feita a pedido do GBC Brasil, braço local do americano Green Building Council, entidade que concede o selo Leed de construção sustentável, indica que o valor dos imóveis que reivindicam a certificação alcançou 8,3% do total do PIB total de edificações em 2012, que foi de R$ 163 bilhões.

De acordo com a consultoria, a demanda do consumidor por esse tipo de edifício e a crescente evidência de que eles conferem vantagens de mercado quantificáveis - que vão da economia de energia e corte de custos operacionais à valorização imobiliária – contribuem para a alta desse mercado.

“Percebemos que a certificação desperta interesse dos investidores, principalmente em empreendimentos comerciais de alto padrão”, diz Luiz Iamamoto, gerente sênior da EY.

Certificações

A pesquisa levou em conta projetos registrados para o selo Leed. Mas além das certificação americana, é possível pleitear o selo Aqua de construção sustentável, concedido pela Fundação Vanzolini.

Entre 2009 e 2012, o número de certificações de prédios segundo padrões ecológicos cresceu 412% no Brasil. São Paulo é o estado com mais edifícios certificados, seguido do Rio de Janeiro e do Paraná.

Infográfico mostra os números do mercado da construção sustentável no país.

Fonte: FEITEP

terça-feira, 10 de setembro de 2013

URUP: Método de escavação de túneis isento de poços de acesso.


A abertura de túneis viários pelo método não destrutivo ultra-rapid underpass (Urup) dispensa poços verticais para a máquina shield acessar a escavação. Com o Urup, a escavação começa e termina ao nível do solo: o shield é lançado na superfície, avança em uma curva vertical, percorre todo o subsolo escavando o túnel e atinge o ponto de chegada, no outro extremo, também ao nível da superfície.

Escavações com outros métodos não destrutivos (MNDs) já têm como característica a redução significativa da interferência em áreas urbanas por dispensar a abertura de valas. Os MNDs convencionais para abertura de túneis, entretanto, dependem da construção dos poços de acesso para a instalação e entrada de equipamentos de escavação.

Outra característica do método Urup, além de encurtar o tempo de abertura do túnel, é a redução da emissão de ruídos e de vibrações. A seção escavada do túnel pode, ainda, ser menor do que em outras técnicas, reduzindo a quantidade de solo escavado a ser dispensado. O Urup é uma técnica incipiente, criada no Japão. No Brasil, o método ainda não foi empregado em nenhuma obra. Confira alguns detalhes do procedimento.



1 Equipamento
Para a abertura de túneis com o método Urup é usado um shield chamado de Pressurized Tunnel Boring Machine (PTBM). As máquinas TBM são geralmente usadas em outros métodos não destrutivos de escavação de túneis viários e metroviários com acesso por poços verticais. Na abertura de um túnel na cidade de Kawajiri, no Japão, foi utilizado um shield de seção retangular - podem, ainda, ser usadas máquinas de seção circular, embora a seção retangular promova melhor aproveitamento da escavação. A PTBM pode utilizar cortadores laterais na parte frontal da máquina que, além do corte auxiliar, também atuam de anteparo contra a queda lateral do túnel durante a escavação. Esse recurso é utilizado conforme as condições do solo e do ambiente. A máquina é equipada com conjuntos de cabeças de corte superiores e inferiores, de modo que a parte superior pode seguir à frente da inferior para reduzir o impacto na superfície do solo. Cada cabeça de corte pode trabalhar de forma independente.

2 Lançamento
O shield é lançado a partir de uma base de apoio, de aço, disposta no ponto inicial da escavação, na superfície. A base acomoda o impulso do equipamento na partida da escavação. Se os cortadores laterais forem utilizados, a máquina já é lançada com esses elementos estendidos. A escavação pode contar, também, com injeção de lubrificante na parte superior da máquina para reduzir o atrito com o solo e diminuir a interferência. Enquanto a máquina estiver escavando na superfície, o controle é feito visualmente: é necessário que a área em que o solo é revolvido esteja exclusivamente à frente da escavação.

3 Escavação
O shield desce em uma curva vertical até atingir o ponto mais aprofundado da escavação e segue em nível - desde que, é claro, o projeto do túnel não preveja desníveis ao longo do percurso. A injeção de lubrificante pode ser feita durante todo o trecho de abertura do túnel. As técnicas e os sistemas usados para controle direcional durante a escavação são os mesmos utilizados nos MND convencionais: o uso articulado ou seletivo das cabeças de escavação se encarrega de garantir o direcionamento da frente de escavação.

4 Segmentos de concreto
O material excedente da escavação é retirado na medida em que o trabalho avança. Uma escavação com seção retangular e que atenda às dimensões do túnel produz menos material excedente e, portanto, um melhor aproveitamento do maciço escavado. Para construção do túnel, pode ser usado o procedimento de anéis de concreto - adotado em escavações TBM convencionais.

5 Finalização da escavação
A escavação é finalizada com a saída da máquina no nível do solo, em uma curva vertical ascendente. O procedimento é mais simples e menos crítico do que o lançamento da máquina. Nota-se a sublevação do solo quando o shield se aproxima da superfície.

Fonte: FEITEP